Membro conservador do Parlamento britânico, James Duddridge afirmou que o ex-primeiro-ministro Boris Johnson já tem o apoio de mais de cem membros do Partido Conservador, o que permite a ele concorrer de novo ao cargo após a renúncia de Liz Truss. Ele é o segundo a atingir o apoio mínimo necessário para se candidatar, seguindo o ex-ministro de Finanças Rishi Sunak.
Johnson renunciou ao cargo há cerca de três meses, depois de uma série de escândalos provocar uma crise política no Reino Unido. Outro apoiador do ex-ministro, o parlamentar Ben Bradley admitiu, em postagem no Facebook, que o ex-premiê "cometeu erros no passado", mas considera seu potencial "animador" e tem recebido respostas "extremamente positivas" sobre um possível retorno de Johnson, ao consultar colegas.
— Assinei seus papéis de nomeação para a eleição de liderança na próxima semana — anunciou Bradley, em ação que abre caminho para que Johnson concorra novamente ao cargo de primeiro-ministro britânico.
O novo chefe de governo terá que lidar com um Partido Conservador abalado pelas divisões, com a oposição trabalhista em ampla superioridade nas pesquisas de intenção de voto e uma grave crise econômica que assola o país, incluindo o caos nos mercados financeiros e uma inflação recorde do século.
Três nomes aparecem com força até o momento na campanha relâmpago do Partido, que decidirá na próxima semana o novo primeiro-ministro do Reino Unido. A atual ministra de Relações com o Parlamento, Penny Mordaunt, que anunciou a candidatura na sexta-feira (21); Rishi Sunak, ex-ministro das Finanças que perdeu a disputa para Truss em setembro; e Boris Johnson, que renunciou em julho deste ano.
Caso o ex-ministro e mais nenhum outro político apresente a candidatura, e ninguém mais obtenha o respaldo de cem parlamentares, Sunak se tornaria automaticamente o novo líder do Partido Conservador e primeiro-ministro.