O Canadá anunciou nesta segunda-feira (31) novas sanções contra o Irã, visando a polícia e as autoridades judiciais, pelo que chamou de "violações flagrantes" dos direitos humanos no país islâmico, especialmente durante a repressão aos protestos após a morte de Mahsa Amini.
A medida ocorre depois que novas manifestações ocorreram no fim de semana no Irã, desafiando uma ordem da poderosa Guarda Revolucionária de cessar os protestos, que estão entrando em sua sétima semana.
Esta nova lista de sanções inclui o comandante da polícia de Teerã, o vice-procurador-geral da República Islâmica e sua força policial, bem como funcionários das províncias de Coração do Norte e Mazandaran.
"O Canadá tem motivos para acreditar que esses indivíduos e entidades se envolveram em violações grosseiras e sistemáticas dos direitos humanos no Irã ou nas atividades malignas do regime no exterior, incluindo ataques em outros Estados", disse a ministra das Relações Exteriores, Melanie Joy, em comunicado.
Também foi incluída a Universidade Internacional Al-Mustafa, acusada de recrutar estudantes para a Força Quds do Irã, um grupo de operações extraterritoriais da Guarda Revolucionária classificada como organização terrorista pelo Canadá e pelos Estados Unidos.
Algumas das pessoas são acusadas de ter "participado diretamente" na "perseguição injusta e sistemática da minoria religiosa bahá'í do Irã", disse Joly.
O governo canadense também acusou o Irã de vender drones para a Rússia e treinar soldados do contingente invasor na Ucrânia, o que Teerã negou.
Amini, de 22 anos, morreu sob custódia policial em 16 de setembro após sua prisão em Teerã por supostamente violar o rígido código de vestimenta do Irã para mulheres, provocando uma onda de tumultos e repressão imediata do Estado.
* AFP