Três soldados armênios morreram nesta quarta-feira (28) em combates na fronteira com o Azerbaijão, informaram as autoridades, duas semanas depois de as forças de ambos os países travarem os piores confrontos desde a guerra de 2020.
Pelo menos 286 pessoas morreram durante os confrontos no mês de setembro na fronteira entre a Armênia e o Azerbaijão, até que uma trégua negociada pelos Estados Unidos fosse alcançada.
Armênia e Azerbaijão travaram duas guerras - na década de 1990 e em 2020 - pela disputada região de Nagorno-Karabakh, um enclave do Azerbaijão povoado por armênios.
Na quarta-feira, o Ministério da Defesa da Armênia declarou que "as forças do Azerbaijão abriram fogo de morteiro e armas de grande calibre no leste, na direção da fronteira armênio-azerbaijana".
"Como resultado, há três mortos do lado armênio, indicou o ministério em comunicado.
O primeiro-ministro armênio, Nikol Pashinyan, tuitou que três soldados foram mortos "em um ataque contra a independência, a soberania e a democracia da Armênia".
"A retirada das tropas do Azerbaijão e o envio de uma missão de observação internacional nos territórios armênios afetados pela ocupação do Azerbaijão e nas áreas de fronteira são absolutamente necessários", acrescentou.
As seis semanas de combates em 2020 deixaram mais de 6.500 mortos e terminaram com um cessar-fogo mediado pela Rússia, que enviou quase 2.000 soldados para supervisionar a trégua.
Com o acordo, a Armênia cedeu partes do território que controlou durante décadas e Moscou enviou quase 2.000 soldados para supervisionar a paz.
* AFP