O ex-presidente da Alemanha e ex-diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI) Horst Köhler faleceu neste sábado (1) aos 81 anos, anunciaram as autoridades alemãs.
O democrata-cristão, formado em Economia de formação, "faleceu esta manhã em Berlim, após uma curta e grave doença, ao lado de sua família", informou a presidência alemã.
"Perdemos uma pessoa muito querida e extremamente popular, que conquistou grandes feitos para o nosso país e no mundo", escreveu o presidente da Alemanha, Frank Walter Steinmeier, em uma mensagem de condolências para a viúva de Köhler, Eva Luise Köhler.
Horst Köhler foi presidente da Alemanha de 2004 a 2010, um cargo essencialmente honorário, depois de ter sido diretor-geral do FMI de 2000 a 2004 e presidente do Banco Europeu de Reconstrução e Desenvolvimento (BERD) de 1998 a 2000.
A ONU anunciou em 2019 sua renúncia ao cargo de enviado das Nações Unidas para o Saara Ocidental "por motivos de saúde". Ele estava no cargo desde 2017.
Em 2004, Horst Köhler se tornou o primeiro presidente alemão que não havia feito uma carreira política, mas que era procedente do mundo da economia.
Ele venceu a votação em uma assembleia de grandes eleitores na qual a oposição ao então chanceler social-democrata Gerhard Schröder tinha maioria.
Para assumir a presidência, renunciou a seu cargo no FMI, onde seu maior desafio foi a gestão da crise financeira na Argentina.
Após a reeleição para o segundo mandato como presidente em 2009, Köhler surpreendeu a todos ao renunciar um ano depois, após declarações polêmicas nas quais parecia vincular a intervenção militar da Alemanha no Afeganistão com a defesa dos interesses econômicos do país.
Casado e pai de dois filhos, também participou na introdução do euro em um país que não via com bons olhos o desaparecimento do marco alemão.
Também contribuiu na elaboração do Pacto de Estabilidade e Crescimento Europeu.
Köhler nasceu em 1943. Seus pais eram da Bessarábia, na Romênia, e foram deslocados à força para a Polônia ocupada.
Em sua fuga do Exército Vermelho ao final da guerra, a família se instalou na Alemanha Oriental, antes de fugir novamente para a Alemanha Ocidental em 1953.
* AFP