Ao menos 43 pessoas morreram nos gigantescos incêndios que nos últimos dias destruíram áreas florestais e urbanas do nordeste da Argélia, segundo um novo balanço divulgado pelas autoridades nesta segunda-feira (22).
A gendarmaria, citada pela rádio argelina, anunciou também a detenção de 13 pessoas suspeitas de estarem envolvidas nestes incêndios criminosos, que também causaram cerca de 200 feridos, muitos deles gravemente queimados.
Um relatório anterior indicava a morte de 38 pessoas nesses incêndios, que afetaram 14 províncias, em particular a região de El Tarf, no extremo nordeste, perto da fronteira com a Tunísia.
O comando da gendarmaria nacional indicou ainda que "continua o processo de identificação dos corpos", o que sugere que o número de vítimas poderá aumentar.
Um especialista informou à AFP no sábado que cerca de 10.000 hectares - mais de 10% da superfície do parque nacional de El Kala (PNEK), no nordeste da Argélia, classificado ela Unesco como reserva de biodiversidade - foram destruídos pelos incêndios recentes.
Todo ano, o norte da Argélia é afetado por incêndios florestais, um fenômeno que se acentua sob o efeito da mudança climática.
Especialistas também apontaram deficiências no sistema de combate a incêndios devido à falta de bombardeiros de água e má gestão das florestas.
O verão de 2021 foi até agora o mais mortal do país. Pelo menos 90 pessoas morreram no ano passado nos incêndios florestais que devastaram o norte do país, onde desapareceram mais de 100.000 hectares de floresta.
* AFP