O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira (15) novas sanções contra indivíduos e entidades de Rússia e Belarus devido à invasão russa da Ucrânia. O grupo inclui o presidente belarusso, Alexander Lukashenko, e sua mulher, Galina Lukashenko.
O Reino Unido também anunciou uma nova rodada de sanções contra a Rússia que mira oligarcas com patrimônio líquido de mais de 100 bilhões de libras (cerca de US$ 131 bilhões), incluindo Mikhail Fridman, Petr Aven e German Khan.
Em conjunto com aliados, os EUA impuseram uma série de medidas para responsabilizar o que consideram um "não provocado e injustificado" ataque de Moscou ao país vizinho.
O governo britânico impôs sanções também a aliados políticos do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A lista inclui o primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, o ministro de Defesa do país, Sergei Shoigu, e o ex-presidente russo Dmitry Medvedev. Porta-vozes do Kremlin e do Ministério de Relações Exteriores também serão punidos.
— Estamos indo mais longe e mais rápido do que nunca ao atingir aqueles mais próximos a Putin, dos principais oligarcas a seu primeiro-ministro e aos propagandistas que vendem suas mentiras e desinformação — disse em comunicado a chanceler britânica, Liz Truss, acrescentando que o Reino Unido os responsabiliza por "cumplicidade nos crimes da Rússia" durante a guerra na Ucrânia.
O Reino Unido também proibiu a venda de produtos de luxo à Rússia, seguindo o exemplo da União Europeia (UE), e impôs tarifas à importação de centenas de produtos russos.
Noruega
O Norges Bank (o banco central da Noruega) afirmou nesta terça-feira que vai vender todos os ativos do fundo soberano do país na Rússia, seguindo determinação do Ministério da Economia norueguês. Além disso, o "universo de investimento" do fundo já não poderá mais incluir a Rússia, e quaisquer instrumentos financeiros emitidos por companhias, entidades ou o Estado russos deverão ficar congelados "até segunda ordem".
Ao todo, o fundo soberano da Noruega possui cerca de US$ 3 bilhões em investimentos na Rússia. A venda dos ativos, porém, não poderá ser realizada de imediato, uma vez que os mercados russos estão fechados e por conta das "extensivas sanções" ao país, segundo o Norges Bank. "O desinvestimento terá de ocorrer ao longo do tempo", disse o BC, sem especificar um período.