Milhares de simpatizantes do exército se manifestaram neste sábado (5) em frente à missão da ONU em Cartum, segundo observado por repórteres da AFP, em um novo episódio das tensões no Sudão, palco de violências desde outubro.
O país, um dos mais pobres do mundo - agora privado de ajuda internacional em represália pelo golpe - está cada vez mais dividido.
Assim como antes do golpe de Estado do general Abdel Fattah Al Burhane, em 25 de outubro, manifestações distintas, a favor e contra os militares, desfilam na capital.
Neste sábado, os apoiadores do poder militar denunciavam "as interferências do exterior".
Também mostraram seu "apoio" ao exército, em um país onde a ONU iniciou recentemente reuniões visando um possível diálogo para retomar a transição para a democracia e, com ela, os pagamentos dos doadores internacionais.
Pela manhã, várias centenas de pró-militares tomaram o trem em Atbara, a 250 quilômetros ao norte da capital, para se unirem a esta comitiva.
Neste sábado, de novo, centenas de mulheres denunciaram a violência em Omdurman, subúrbio norte-ocidental de Cartum, informou à AFP uma das manifestantes.
Embora os dois lados queiram exatamente o contrário, concordam em um ponto: a rejeição ao diálogo.
* AFP