O primeiro-ministro do Sudão, Abdallah Hamdok, é mantido em prisão domiciliar após ser detido por militares em sua residência nesta segunda-feira (25). Conforme o Ministério da Informação, o grupo militar se recusou a apoiar um "golpe". Hamdok foi levado para um local não identificado.
"Tendo se recusado a apoiar o golpe, as forças armadas detiveram o primeiro-ministro Abdallah Hamdok e o levaram para um local não identificado", disse a pasta em um comunicado.
"Membros civis do Conselho de Soberania de Transição e vários ministros do governo de transição foram detidos pelas forças militares conjuntas", disse o ministério em um comunicado no Facebook.
Segundo o canal de TV Al Hadath, outros quatro ministros e um membro do Conselho Soberano, que controla o governo, foram presos.
O serviço de Internet foi cortado em todo o país, enquanto manifestantes lotavam as ruas e queimavam pneus para protestar contra as prisões. Homens em uniformes militares bloquearam as estradas principais para a capital e a cidade vizinha de Obdurman, enquanto a televisão estatal transmitia canções patrióticas.
Uma das forças responsáveis pelo levante de 2019 que depôs o ex-ditador Omar al Bashir, a Associação dos Profissionais, apelou à população à "desobediência diante de um" golpe. O grupo fez seu apelo no Twitter, apesar de não ter acesso à internet no Sudão.