O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, comemorou nesta terça-feira (17) o cessar-fogo alcançado em Nagorno Karabakh entre Armênia e Azerbaijão, mas pediu uma retomada das discussões "o quanto antes" para chegar a uma solução política "duradoura".
"Desde o início das recentes hostilidades, os Estados Unidos pediram o fim da violência e condenaram a escalada militar que provocou inúmeras mortes, incluindo entre os civis", disse o secretário de Estado em um comunicado, após chegar em Tbilisi, na Geórgia.
"Acabar com os recentes combates é apenas uma primeira etapa para uma solução pacífica negociada no conflito de Nagorno Karabakh", acrescentou.
"Pedimos a todas as partes que retomem as discussões o quanto antes" com Rússia, França e Estados Unidos, mediadores no grupo de Minsk, "para buscar uma solução política duradoura e viável" sem recorrer à força e respeitando a integridade territorial e o direito de autodeterminação.
Na quarta-feira está prevista uma reunião dos três países co-presidentes do grupo de Minsk em Moscou.
O cessar-fogo foi assinado em 9 de novembro sob a supervisão da Rússia. Este pacto, muito mal recebido pelo lado armênio, destaca o papel determinante de Moscou no território do Cáucaso, assim como uma influência crescente na região da Turquia, o apoio de Baku e dos ocidentais, em declínio.
Depois de armar e apoiar o Azerbaijão contra a Armênia, a Turquia se juntará às operações russas de manutenção da paz, embora seu papel ainda esteja indefinido e deve ser negociado com Moscou.
Um alto funcionário americano que viaja com Mike Pompeo destacou na segunda-feira que ainda restam "muitas questões que exigem detalhes por parte dos russos, sobre os parâmetros deste acordo e especialmente o papel dos turcos".
A preocupação também foi mencionada nesta terça-feira pelo ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, que conversou com Pompeo em Paris na véspera.
Além disso, Washington anunciou hoje um apoio humanitário de cinco milhões de dólares para apoiar as operações do Comitê Internacional da Cruz Vermelha e de outras organizações para ajudar as pessoas afetadas pelos combates.
* AFP