O ativista argelino Yacine Mebarki, do movimento de protesto "Hirak", foi condenado em apelação nesta quarta-feira (25), a um ano de detenção, após ser sentenciado em primeira instância a 10 anos de prisão por "ofender o Islã" - informou seu advogado, Hachem Saci.
Mebarki, de 52 anos, foi condenado "a um ano de prisão pelo tribunal de Khenchela (nordeste)", disse Saci em sua conta no Facebook. Também terá de pagar uma multa de 50.000 dinares (US$ 390).
Envolvido localmente no movimento de protesto "Hirak", o ativista berbere foi considerado culpado de "ofensa aos preceitos da religião (muçulmana), incitação à discriminação e posse não autorizada de material de guerra", segundo o advogado.
Foi absolvido das acusações mais graves de "profanação" do Alcorão, "incitação a converter um muçulmano a outra religião" e "pressão sobre um muçulmano para estimulá-lo a renunciar à sua religião", acrescentou Saci.
Em 10 de outubro, Yacine Mebarki foi condenado a dez anos de prisão e a pagar uma pesada multa de 10 milhões de dinares (US$ 77.000) pelo tribunal de Khenchela.
Membro da causa amazigh (berbere), Mebarki foi detido em 30 de setembro, depois que sua casa foi revistada.
Esta condenação faz parte de uma onda de repressão contra ativistas do "Hirak", opositores políticos, jornalistas e blogueiros.
* AFP