O Iraque solicitou, nesta segunda-feira (6), à ONU que o Conselho de Segurança condene o ataque realizado contra seu território na sexta-feira (3), quando um drone americano matou o general iraniano Qasem Soleimani e seu subordinado iraquiano, Abu Mehdi Al Muhandis.
Esta operação americana "representa uma agressão contra o povo e o governo do Iraque, uma violação flagrante dos termos segundo os quais as forças americanas estão presentes no Iraque e uma escalada perigosa que poderia desencadear uma guerra devastadora no país, na região e no mundo", disse o embaixador iraquiano na ONU, Mohamed Hussein Bahr Al Ulum, na carta a qual a AFP teve acesso.
O Iraque pede ao conselho "que cumpra com suas responsabilidades de garantir a prestação de contas dos que cometeram tais violações, e que não violaram apenas os direitos humanos, mas também o direito internacional, fazendo que a lei da selva prevaleça e governe a comunidade internacional".
Na carta de três páginas, o embaixador iraquiano não pede explicitamente uma reunião de emergência do Conselho de Segurança sobre os últimos acontecimentos.
O Iraque não é membro do conselho, mas pode solicitar uma reunião através de um dos quinze países que integram o máximo órgão das Nações Unidas.