Pelo menos 35 civis, em sua grande maioria mulheres, morreram em um ataque jihadista realizado na terça-feira (24) contra um destacamento militar em Arbinda, no norte de Burkina Faso. A informação foi divulgada pelo presidente de Burkina Faso, Roch Kaboré, no Twitter.
O mandatário decretou "luto nacional de 48 horas" a partir de quarta-feira (25) em homenagem às vítimas desse ataque, que provocou a morte de sete soldados e 80 "terroristas", de acordo com Kaboré. O presidente destacou a "bravura" dos militares na defesa do destacamento. De acordo com uma fonte militar, 31 mulheres foram mortas no ataque jihadista.
Na manhã de terça, "um número significativo de terroristas atacou simultaneamente o destacamento militar e a população civil de Arbinda", informou o Estado Maior do Exército em comunicado.
Durante este ataque, de "uma intensidade pouco habitual" e que durou "várias horas", "a determinação e a audácia dos membros do destacamento, formado por forças terrestres e da gendarmeria, permitiram neutralizar 80 terroristas", afirmou o Estado Maior.
— De nosso lado, lamentamos os sete mortos, entre eles quatro militares e três gendarmes e cerca de 20 feridos — informou o comunicado.
Burkina Faso, país fronteiriço com Mali e Níger, é cenário de habituais ataques jihadistas desde o começo de 2015, como também acontece com outros países da zona do Sahel.