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A chanceler alemã, Angela Merkel, chegou nesta sexta-feira (6) ao campo de extermínio nazista de Auschwitz para sua primeira visita ao local, símbolo do Holocausto, em 14 anos como chefe de Governo.
Acompanhada pelo primeiro-ministro polonês, Mateusz Morawiecki, por um sobrevivente e por representantes da comunidade judaica, a chanceler passar pelo portão de entrada que inclui o sinistro lema dos nazistas "Arbeit macht frei" ("O trabalho liberta").
Em seguida, respeitou um minuto de silêncio diante do Muro da Morte, onde milhares de detidos foram fuzilados. Durante a tarde, ela seguirá para Birkenau, a três quilômetros do campo principal. A chanceler deve ainda pronunciar um discurso durante a visita.
Merkel é a terceira chefe de Governo da Alemanha a visitar a área do campo de extermínio, localizado na Polônia, em quase 25 anos. A viagem acontecerá um pouco antes do aniversário de 75 anos da libertação de Auschwitz em janeiro de 1945.
Sua visita coincide com o aumento do antissemitismo e o avanço da extrema-direita na Alemanha. As últimas testemunhas do campo estão desaparecendo, como a francesa Simone Veil em 2017 ou o americano Elie Wiesel, falecido em 2016. Os dois foram deportados para este campo, onde foram assassinadas quase 1,1 milhão de pessoas entre 1940 e 1945.