Em Thumane, na Albânia, Marjana Gjoka, 48 anos, dormia em seu apartamento no quarto andar de um prédio de cinco pisos quando um terremoto devastou os dois andares mais altos na madrugada terça-feira (26). O tremor destruiu a casa de Gjoka e matou ao menos 21 pessoas, de acordo com último balanço das autoridades. Mais de 600 pessoas ficaram feridas.
Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), o sismo, de 6,4 graus de magnitude, ocorreu perto das 4h (0h em Brasília) no mar Adriático, a 30 quilômetros a oeste de Tirana, a uma profundidade de 10 quilômetros.
O sismólogo albanês Rrapo Ormeni afirmou que esse foi o terremoto mais intenso na região de Durres desde 1926. O tremor também foi sentido na região dos Bálcãs, em Sarajevo (a 400 km de distância), na Bósnia e em Novi Sad (quase 700 km), na Sérvia, e na região de Puglia, no sul da Itália.
Na Albânia, edifícios desabaram e pessoas ficaram soterradas sob os escombros. Moradores, alguns carregando bebês, fugiram de prédios de apartamentos de Tirana, a capital do país. As escolas cancelaram as aulas.
Segundo o ministério da Defesa, ao menos 42 pessoas foram resgatadas com vida dos escombros. As autoridades mobilizaram 300 militares para participar de operações de emergência em Durres e Thumane, onde várias pessoas continuam presas nos prédios desabados.
Em Thumane, moradores tentavam retirar os escombros com pás em busca de eventuais vítimas. Duas mulheres foram encontradas mortas nos escombros de um prédio, e um homem morreu na cidade de Kurbin depois de entrar em pânico e saltar de um edifício, informou uma porta-voz do ministério da Defesa. Outro homem morreu num acidente de trânsito quando uma estrada pela qual passava foi destruída durante o terremoto.
A mesma região da Albânia foi cenário em setembro de um terremoto de 5,6 graus na ocasião, as autoridades consideraram o mais forte dos últimos 20 a 30 anos. Os Bálcãs são uma área de forte atividade sísmica, onde terremotos são frequentes.