Pelo menos quatorze civis foram mortos entre quinta e sexta-feira no vilarejo de Diblou, em Burkina Faso, em um ataque cometido por "vinte indivíduos armados" descritos como jihadistas, informaram neste sábado fontes da segurança e moradores locais.
"Na noite de quinta-feira, um grupo de indivíduos atacou a aldeia de Diblou, matando pelo menos quatorze", declarou à AFP uma fonte da segurança.
"O primeiro balanço apontava para sete mortos, mas foi revisado após a descoberta de novos corpos na sexta-feira. Muitas pessoas estão desaparecidas e devemos fazer um balanço das pessoas que fugiram da aldeia após o ataque", acrescentou a mesma fonte.
"Os terroristas queimaram lojas e motocicletas, e quase todo o mercado foi saqueado", disse um morador de Pissila à AFP.
"Quase todos os habitantes do vilarejo (de Diblou) fugiram para lugares próximos como Pissila ou Barsalogho", acrescentou.
O Burkina Faso tem enfrentado nos últimos quatro anos ataques jihadistas recorrentes, cada vez mais frequentes e mortais, que resultaram em cerca de 500 mortes desde 2015.
Inicialmente concentrados no norte do país, esses ataques jihadistas se espalharam para outras regiões, incluindo para o leste, na fronteira com o Togo e o Benin, que agora é a segunda maior zona de insegurança.
As forças de ordem parecem incapazes de parar os ataques, e os jihadistas estão ampliando sua influência sobre áreas cada vez maiores, enquanto milhares estão fugindo das áreas visadas.
Em meados de julho, as autoridades prorrogaram por seis meses o estado de emergência, em vigor desde dezembro de 2018 em várias províncias do país.
A medida fornece poderes adicionais às forças de segurança, incluindo buscas domiciliares, dia e noite, cobre 14 províncias em sete regiões (das 13 do país).
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* AFP