A polícia sudanesa usou gás lacrimogêneo contra milhares de manifestantes que protestavam em Cartum contra o poder militar.
A Aliança para a Liberdade e a Mudança (ALC), que lidera os protestos, convocou uma grande manifestação para exigir uma transferência de poder aos civis, o primeiro protesto de grande envergadura após a repressão de um acampamento diante do quartel-general do exército em Cartum em 3 de junho.
Em três bairros de Cartum, Bari, Arkaweit e Al Mamura, a polícia usou gás lacrimogêneo contra os militantes que gritavam "Poder Civil", afirmaram testemunhas.
As forças de segurança também reprimiram os manifestantes na cidade de Gadaref, leste do país.
A marca do "milhão" pode ser um teste para comprovar a capacidade de mobilização dos organizadores do movimento. Mas também para o Conselho Militar de Transição, que comanda o país desde que o exército destituiu e prendeu em 11 de abril o presidente Omar al-Bashir.
As autoridades bloqueiam há várias semanas a internet, uma ferramenta estratégica para mobilizar os manifestantes desde o início do inédito movimento de protesto no Sudão em 19 de dezembro de 2018.
* AFP