Duas pessoas morreram baleadas e outras 20 ficaram feridas em Honduras nesta quinta-feira em em distúrbios durante os protestos realizados em todo país pela renúncia do presidente Juan Orlando Hernández, informaram as autoridades. Desde abril, a oposição ao governo de direita realiza manifestações contra dois decretos que, na opinião deles, privatizam a saúde e a educação e facilitam as demissões em massa nesses setores.
As mortes ocorreram durante a ação de policiais e militares para reprimir os atos, nos quais milhares de pessoas bloquearam ruas e saquearam lojas comerciais em bairros da capital Tegucigalpa. Também foram registrados protestos com bloqueios de estradas em outras cidades do país, como San Pedro Sula (norte), La Ceiba (Caribe norte) e Choluteca (sul), segundo a polícia.
Nos últimos meses, surgiu no país o movimento de oposição Plataforma para la Defensa de la Salud y Educación, que organiza os atos contra Hernández. O grupo é formado pelos 10 mil membros da Faculdade de Medicina de Honduras (CMH) e seis sindicatos de 60 mil educadores, com o apoio de estudantes e organizações sociais.
O presidente Hernández convocou uma reunião nesta quinta para discutir que ações serão tomadas contra os manifestantes.