Noventa manifestantes morreram no Sudão desde o início das manifestações contra o então presidente Omar al-Bashir, em dezembro - aponta balanço divulgado nesta segunda-feira (6) por um comitê de médicos.
O número de mortos contabilizado pelo comitê é mais alto que a cifra oficial - de 65 mortos.
Ligado à Aliança de Liberdade e Mudança, grupo que liderou os protestos, o comitê afirmou que as primeiras mortes ocorreram em 20 de dezembro. Esse foi o dia seguinte a uma manifestação na cidade central de Atbara em resposta à decisão do governo de triplicar o preço do pão.
O comitê reuniu uma lista de 90 "mártires", mortos pelas forças de segurança.
O último caso é de um manifestante que morreu neste domingo por ferimentos sofridos na véspera, em confrontos com soldados e forças paramilitares em Nyala, capital provincial do estado de Darfur do Sul.
"Apesar das restrições impostas pelas forças de segurança e de quem sobrou do regime que dificultam a obtenção de certidões de óbito, esta é a lista de mártires compilada com nossas fontes de confiança", declarou o comitê.
* AFP