Aos milhares, os fiéis se dirigiam nesta quarta-feira para a mais antiga sinagoga da África, para o festival judeu de Ghiriba na ilha tunisiana de Djerba, confirmando o regresso dos peregrinos após vários anos difíceis pela falta de segurança.
Cedo pela manhã, centenas de pessoas já haviam desfilado pelo lugar sagrado, cercado de um importante dispositivo de segurança policial e militar, constatou um fotógrafo da AFP.
Procedentes da própria Tunísia, mas também da Europa e de Israel, rezaram, acenderam velas e receberam as bênçãos dos rabinos que recitavam o Torá.
O primeiro-ministro tunisiano, Yussef Shahed, era esperado no local esta tarde.
A peregrinação a Ghriba é organizada todos os anos no 33º dia da Páscoa judaica e é uma das maiores tradições dos judeus tunisianos. Essa comunidade conta com cerca de 1.500 membros, instalados em Djerba em sua maioria. Eram mais de 100.000 antes da independência do país, em 1956.
Os hotéis estão lotados, e a expectativa é de 5.000 a 6.000 pessoas. No ano passado, participaram apenas em torno de 3.000 fiéis nos dois dias de peregrinação. São esperados entre 150 e 200 israelenses, segundo os organizadores.
Antes de 2002, cerca de 8.000 pessoas faziam a peregrinação para Ghriba. Naquele ano, 21 pessoas morreram em um atentado suicida contra a sinagoga.
* AFP