
Ao anunciar que acabaria com o programa de sorteio de vistos de residência permanente, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que "certamente consideraria" enviar o autor do atentado em Nova York, Sayfullo Saipov, 29 anos, para a prisão de Guantánamo. Posteriormente, o republicano ainda afirmou, pelo Twitter, que o criminoso "deveria ser condenado à morte".
A prisão de Guantánamo, em Cuba, não recebe novos prisioneiros desde 2009, quando Barack Obama ordenou que a instituição fosse fechada. A declaração polêmica do presidente foi amenizada, posteriormente, pela Casa Branca. Conforme a CNN, a porta-voz do governo, Sarah Sanders, afirmou que Trump "apoia ou apoiaria enviar o suspeito a Guantánamo, mas não advoga para isso".
O pedido de pena de morte para Saipov pelo Twitter. "O terrorista de NYC está satisfeito e pediu que a bandeira do EI (Estado Islâmico) seja exibida em seu quarto de hospital. Matou 8 pessoas e feriu gravemente 12. Deveria ser condenado à morte", escreveu.
O programa de loteria de vistos de residência permanente, criado em 1990, concede permissões de residência permanente ao acaso, por sorteio. Cerca de 50 mil solicitantes de todo o mundo recebem o Green Card a cada ano – os familiares ficam autorizados a seguir junto.
Trump já reduziu a entrada de refugiados em mais de 50%, endureceu os requisitos para a concessão de vistos e tentou proibir a entrada de turistas de 11 países, grande parte deles com populações de maioria muçulmana. Mas não o Uzbequistão, também de maioria muçulmana.
Conforme a imprensa norte-americana, Saipov nasceu no Uzbequistão e trabalhava como motorista da Uber. Ele teria ingressado nos Estados Unidos pelo programa.