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O presidente somali, Mohamed Abdullahi Mohamed, prometeu na quarta-feira (18) intensificar a guerra contra os insurgentes islamitas do grupo Al-Shabab durante uma manifestação de milhares de pessoas em memória aos mais de 300 mortos no atentado mais letal já registrado na capital do país, Mogadíscio.
Com faixas vermelhas amarradas na cabeça, os manifestantes passaram pelos locais da explosão de um caminhão-bomba em um bairro movimentado da capital, antes de se reunirem em um estádio, aos gritos de "estamos prontos para lutar".
Apesar de habituada a atentados e ataques de extremistas, Mogadíscio ficou chocada com a explosão que deixou ao menos 276 mortos e 300 feridos na segunda-feira (16). O atentado não foi reivindicado, mas as autoridades atribuem a autoria do ataque aos islamitas somalis vinculados à Al-Qaeda, que lançam frequentemente atentados suicidas em Mogadíscio e arredores.
Diante da multidão, o presidente somali reconheceu que o atentado "mostrou que nós não fizemos o suficiente para deter os Shabab".
— Se não respondermos hoje, é certo que chegará o momento em que serão nossos próprios corpos em pedaços que serão recolhidos do chão. Devemos resistir juntos e combater os Shabab, que continuam a massacrar nosso povo — acrescentou.

O presidente somali chegou ao poder há oito meses prometendo eliminar o grupo islamita e avalia a adoção de medidas para impedir novos atentados.
Outras manifestações e protestos também ocorreram em cidades do centro e do sul da Somália. O atentado de segunda-feira deixou vasto rastro de destruição na capital somali.
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