Crimes de "genocídio" cometidos pelo grupo Estado Islâmico (EI) contra minorias yazidis, cristãs e xiitas continuam sendo a principal preocupação dos Estados Unidos em seu relatório anual sobre a liberdade religiosa no mundo, publicado nesta terça-feira (15).
O informe destaca ainda as discriminações contra os muçulmanos e o antissemitismo na Europa, especialmente na Hungria, onde Washington mostra sua "preocupação" com a "retórica antimuçulmana" do primeiro-ministro Viktor Orban. Também menciona Alemanha e França nesse tema.
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O informe 2016 é o primeiro publicado durante a Presidência de Donald Trump, que já foi criticado por suas mensagens hostis aos muçulmanos durante a campanha eleitoral. Em sua análise, o documento inclui 200 países, mas não os EUA.
Apresentado pelo secretário de Estado, Rex Tillerson, o conteúdo não apresenta grandes mudanças em relação à edição anterior.
Os países apontados por Washington como os mais preocupantes em termos de liberdade religiosa continuam sendo a Arábia Saudita – aliado-chave dos Estados Unidos no Oriente Médio –, Irã, China, Eritreia, Sudão, Birmânia, Coreia do Norte, Turcomenistão e Uzbequistão. O Tadjiquistão foi incluído este ano.
Do mesmo modo que no relatório anterior, o Departamento de Estado decidiu destacar as "atrocidades" cometidas pelos extremistas do EI no Iraque e na Síria.
"O EI sujeitou – e continua a fazê-lo – membros de muitas religiões e etnias a estupros, escravidão, sequestros e morte", denunciou Tillerson, no prefácio do texto.
Segundo ele, "o EI é claramente responsável pelo genocídio de yazidis, cristãos e xiitas nas zonas que controla".
"A proteção desses grupos – e de outros que também são alvo do extremismo violento – é uma prioridade para a administração de Trump em matéria de direitos humanos", garantiu.