Um padre sequestrado por extremistas que assumiram, parcialmente, o controle de uma cidade no sul das Filipinas foi visto com vida, anunciou o Exército, nesta segunda-feira (26), acrescentando que mantém a ofensiva contra os islamitas.
Em 23 de maio, centenas de indivíduos com a bandeira preta do grupo Estado Islâmico (EI) ocuparam vários bairros de Marawi, em meio a sangrentos confrontos que deixaram mais de 400 mortos, segundo balanço oficial.
O padre Teresito Suganob, conhecido como "Chito", foi levado junto com vários paroquianos no início dos confrontos.
Leia mais
Rodrigo Lopes: O justiceiro das Filipinas
Exército das Filipinas exige rendição de rebeldes ligados ao Estado Islâmico
O porta-voz do Exército em Marawi, coronel Jo-Ar Herrera, relatou à imprensa que o religioso católico foi visto vivo no domingo (25) em um bairro da cidade ainda nas mãos dos extremistas.
Segundo ele, os islamitas mantêm como reféns cerca de 100 civis, que são usados como escudos humanos ou em trabalhos pesados.
Os combates seguiam violentos nesta segunda-feira, com intensos ataques aéreos por parte dos caças-bombardeiros do governo.
– Nossas operações ofensivas foram retomadas e vamos continuar até libertar Marawi o mais rápido possível – disse o porta-voz.
De acordo com as autoridades, os combatentes radicais receberam o reforços dos islamitas estrangeiros. O Exército está tentando confirmar se o homem que seria o líder do EI conseguiu fugir da cidade.
Isnilon Hapilon, que também seria líder do grupo islamita Abu Sayyaf, é um dos terroristas mais procurados pelos Estados Unidos. A recompensa por ele chega a US$ 5 milhões.