Milhares de funcionários da Volkswagen entraram em greve nesta terça-feira na Eslováquia. Esta é a primeira paralisação desde que a empresa alemã chegou ao país, em 1991. Os trabalhadores reivindicam um aumento de 16% dos salários, segundo as lideranças sindicais.
Sob o sol escaldante e ao som de tambores, grevistas se reuniram em frente às portas da usina eslovaca da gigante automobilística, primeiro empregador privado do país, situado no subúrbio da capital Bratislava. As placas diziam frases como "Não nos humilhem!", "Nós fazemos parte do grupo" e "Para nós, o mínimo, para vocês, o máximo".
O líder sindical Zoroslav Smolinsky anunciou que 8,6 mil dos 12,3 funcionários estão paralisados.
A empresa se defendeu afirmando que o salário médio da VW Bratislava chega a 1,8 mil euros, quase o dobro do salário médio no país.
Ela afirmou que a produção de pequenos veículos Skoda Citigo te Volkswagen Up! continuou, apesar da greve.
A empresa fez uma contra-proposta aos grevistas, que inclui um aumento salarial de 8,9%.
Mais de mil carros são produzidos diariamente na VW Bratislava, que, só no ano passado, fabricou 388.697 veículos, dentre os quais modelos como Porsche Cayenne, Volkswagen Touareg e Audi Q7.
Mais de 5 milhões de veículos já foram produzidos nesta fábrica.
A Eslováquia, com uma população de 5,4 milhões, é a maior produtora de veículos por habitante do mundo. Em 2016, mais de um milhão de carros foram fabricados lá por Kia, Peugeot e Volkswagen.
* AFP