Um adolescente de 17 anos morreu, nesta terça-feira (16), depois de ter sido ferido com um tiro em um protesto contra o presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Com isso, o número de mortes subiu para 40 em seis semanas de manifestações no país, de acordo com o Ministério Público.
O jovem, que não teve a identidade divulgada, faleceu durante a madrugada em um hospital público, para onde foi levado na segunda-feira (15). A vítima foi atingida "durante uma manifestação" no município de Pedraza, em Barinas, na região oeste do país. O caso é investigado pelo MP e pela polícia judicial.
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De acordo com informações preliminares, o jovem estava perto do local em que acontecia um protesto, quando repentinamente chegou um grupo de pessoas que efetuou vários disparos, ferindo o jovem na região cranioencefálica.
Na segunda-feira, foram registradas confusões em vários Estados do país após a convocação de protestos pela coalizão de partidos Mesa da Unidade Democrática (MUD).
Um jovem de 18 anos também morreu, supostamente depois de receber um tiro no tórax, "durante um protesto" na localidade de Palmira, em Táchira, segundo o MP. Dois policiais e um civil foram feridos a tiros na cidade de Valencia e na localidade de Colón durante confrontos, de acordo com autoridades regionais e dirigentes opositores.
Maduro enfrenta uma onda de protestos desde 1º de abril, que exigem sua saída do poder com eleições gerais, e rejeitam a convocação de uma Assembleia Constituinte.
O presidente socialista acusa os adversários de querer "incendiar" o país para derrubá-lo e possibilitar uma intervenção dos Estados Unidos. Maduro acusa o país norte-americano de financiar as manifestações contra o governo venezuelano.
*AFP