Em uma semana de combates desde que os milicianos afirmaram pertencer ao grupo extremista Estado Islâmico (EI) e começaram a saquear bairros de Marawi, mais de 100 pessoas mortes foram registradas.
As autoridades filipinas exigiram, nesta terça-feira (30), a rendição dos combatentes islamitas entrincheirados em Marawi, cidade localizada no sul do país majoritariamente católico. Quase 2 mil civis que estão bloqueados na região.
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O presidente das Filipinas, Rodrigo Duterte, decretou lei marcial em toda a região de Mindanao, onde vivem 20 milhões de pessoas. No entanto, os insurgentes resistem há oito dias aos bombardeios aéreos e aos combates nas ruas.
– Nós oferecemos, aos que estão dentro, a possibilidade de rendição. Vocês têm uma oportunidade de entregar as armas – declarou à rádio DZBB o porta-voz do exército, Restituto Padilla. – Será melhor que façam isto, para que nenhuma outra pessoas seja afetada por tudo isto e que nenhum outro edifício seja destruído – completou.
Ao ser questionado sobre as razões do apelo à rendição, o porta-voz da presidência, Ernesto Abella, respondeu que a intenção era "limitar os danos no campo de batalha de forma definitiva, para que os civis sejam menos afetados".
Marawi tem 200 mil moradores. Segundo o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV), a situação é precária pela falta de alimentos, água e remédios, uma consequência do isolamento e da ameaça constantes de combates.
Os confrontos iniciaram depois que as forças de segurança atacaram um suposto esconderijo de Isnilon Hapilon, considerado o líder do grupo EI nas Filipinas. O governo dos Estados Unidos oferece uma recompensa de US$ 5 milhões por Hapilon, que também seria um dos dirigentes do Abu Sayaf, um grupo islamista especializado em sequestros.
Apesar da ação das forças de segurança, dezenas de combatentes conseguiram repelir os militares, ao mesmo tempo que saquearam a cidade e hastearam bandeiras do EI. Os rebeldes também sequestraram um padre e 14 pessoas em uma igreja, e incendiaram edifícios. Não há notícias sobre os reféns.
*AFP