Antes mesmo de o projeto de reeleição presidencial ser votado no Paraguai, protestos foram organizados no país. A violência cresceu após a aprovação da medida e pelo menos uma pessoa morreu até o momento. Trata-se de um jovem de 25 anos, líder de um grupo conhecido como Juventude Liberal, baleado na cabeça durante um os atos.
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Entenda a situação no país vizinho:
– O senado do Paraguai, dominado por partidários do presidente Horacio Cartes, aprovou nesta sexta-feira a reeleição presidencial.
– No total, 25 dos 45 senadores votaram a favor da emenda que institui a reeleição. A Constituição vigente no Paraguai não permite a reeleição desde 1992. A oposição diz que a medida é um "golpe parlamentar".
– A emenda ainda deve ser votada pela Câmara dos Deputados. Após ser confirmada pela Câmara dos Deputados, a emenda será submetida a um referendo nacional, no prazo de três meses, convocado pelo Tribunal Superior de Justiça Eleitoral.
– O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Velázquez, convocou a uma sessão para este sábado para debater a emenda, mas posteriormente desconvocou para evitar novos incidentes.
– Cartes foi eleito para um mandato de cinco anos em 2013, e seus apoiadores querem que ele se candidate para mais um mandato em 2018.
– Os protestos começaram antes da aprovação. Durante a discussão da medida, o prédio do Congresso foi cercado por forças de segurança.
– Num primeiro incidente, a polícia disparou balas de borracha, gás lacrimogêneo e acionou tanques de água. Ao menos 12 pessoas ficaram feridas, a maioria por balas de borracha e golpes de cassetete, de acordo com a agência France Presse.
– Com a aprovação, a revolta ficou maior e o prédio foi invadido. Teve quebra-quebra e depois o fogo tomou conta das dependências.
– Durante invasão da polícia à sede do Partido Liberal Radical Autêntico (PLRA), na capital Assunção, um jovem identificado como Rodrigo Quintana, presidente da Juventude Liberal de La Colmena, foi morto a tiros.
– O presidente Horacio Cartes divulgou um comunicado em que pede aos cidadãos que mantenham a calma e que "não se deixem levar por aqueles que há meses vem anunciando atos de violência e derramamento de sangue".
*AFP