Ativista do Greenpeace detida na Rússia desde 19 setembro, Ana Paula Alminhana Maciel telefonou pela primeira vez à família na manhã desta quinta-feira. Rosangela, mãe da bióloga, atendeu a ligação às 8h40min. A irmã, Telma, e a sobrinha, Alessandra, também puderam conversar com Ana Paula, presa com outros 29 tripulantes do navio Arctic Sunrise por participar de um protesto contra uma plataforma petrolífera no Mar de Pechora, no Ártico. Muito emocionadas, as quatro choraram.
- Ela está superbem. A impressão que dá é que nem está presa - conta Telma.
Encarcerada na região de Murmansk, a ativista de 31 anos relatou não ter contato com outros presos. Está em uma cela individual, em um centro de detenção misto, para homens e mulheres. Apesar do bom humor, a gaúcha confessou não ter muita esperança de que possa responder ao processo em liberdade.
- Mas ela está firme, tem muita fé. Ouvir a voz dela foi regenerador. Dá um gás para a gente - acrescenta a irmã.
O bate-papo durou cerca de 10 minutos, e Ana Paula avisou quando teria apenas mais um minuto para se despedir e desligar.
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