Depois de sobreviver ao acidente aéreo com o avião Fairchild da Força Aérea Uruguaia que levava um time de rúgbi uruguaio, junto com amigos e familiares, para uma partida em Santiago, e de resistir a 72 dias no pico da Cordilheira dos Andes com outros 15 colegas, Daniel Fernández Strauch, 66 anos, passou três décadas evitando falar do assunto em público. Incomodava, por exemplo, o interesse excessivo nos detalhes sobre a alimentação a base de carne humana. Ao lado dos primos Adolfo e Eduardo Strauch, o trio tinha como tarefa cortar e dividir de forma justa a carne dos corpos das vítimas, conservados na neve da montanha.
Sobrevivente
" Tragédias e acidentes ocorrem todos os dias, mas a nossa se mantinha", diz Daniel Fernández Strauch
Há 10 anos, depois de um reencontro do grupo em Santiago, ele resolveu falar e ajudou a criar a Fundación Viven, que realiza campanhas humanitárias