O ex-vice-presidente do Egito Omar Suleiman, que dirigiu durante anos os serviços de inteligência de seu país, morreu nesta quinta-feira de madrugada, aos 77 anos, nos Estados Unidos, anunciou a agência oficial Mena.
Suleiman foi nomeado vice-presidente durante a revolta que provocou a queda do presidente Hosni Mubarak, em fevereiro de 2011.
Partiu do Egito depois de ter sido deixado à margem da concorrência pela presidência, nas primeiras eleições presidenciais posteriores a Mubarak, que foram realizadas nos dias 23 e 24 de maio.
Inicialmente, havia viajado a Dubai, antes ir para a Alemanha e, finalmente, para os Estados Unidos para receber um tratamento, explicou à AFP o general Saad al-Abasi, um dos responsáveis por sua campanha presidencial.
- Seu estado de saúde se deteriorou recentemente. Nos Estados Unidos estava junto a sua família - indicou Rim Mamduh, também membro de sua equipe de campanha.
Suleiman nasceu em 1936 em uma família abastada na cidade de Qena, no sul do Egito, e se formou na Academia Militar do Cairo em 1955.
Durante a presidência de Mubarak, Suleiman foi um interlocutor nas negociações com Estados Unidos, Israel e os palestinos, com os quais organizou várias tréguas de breve duração. Desde 1991, passou a liderar os "mukhabarat", os temidos e tentaculares serviços de inteligência egípcios.