Pelo menos seis pessoas foram mortas e mais de 30 ficaram feridas em um atentado contra turistas israelenses no aeroporto búlgaro de Burgas, às margens do Mar Negro, nesta quarta-feira.
Em um comunicado, o Ministério das Relações Exteriores búlgaro revisou para cima o registro anterior, que era de quatro mortos. Dos 32 feridos, duas pessoas estão em coma. "As autoridades búlgaras estão investigando a hipótese de um atentado terrorista", indicou a Chancelaria.
As vítimas, que chegaram em um voo que havia aterrissado pouco antes das 17h (11h de Brasília), estavam sendo levadas de ônibus para o terminal do aeroporto, indicou o Ministério do Interior. O ministro israelense das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, anunciou a noite desta quarta-feira que seu colega búlgaro, Nikolai Mladenov, disse a ele por telefone "que uma bomba tinha sido colocada no ônibus" dos turistas israelenses.
Anteriormente, o Ministério búlgaro do Interior havia informado que a explosão tinha provocado um incêndio que se estende para outros dois ônibus.
O prefeito de Burgas, Dimitar Nikolov, que estava no aeroporto no momento do incidente, disse que a explosão atingiu o ônibus quando os turistas estavam entrando no veículo e colocando suas malas no bagageiro, onde as autoridades suspeitam que os explosivos estariam escondidos.
Esse foi o primeiro atentado contra israelenses em solo búlgaro.
Primeiro-ministro israelense, Binyiamin Netanyahu, acusou oficialmente o Irã pela ação.
- Todos os sinais conduzem ao Irã - declarou Netanyahu em um comunicado.
Este atentado na Bulgária coincide com o 18º aniversário do ataque em 1994 contra a Associação Mutual Israelita Argentina (Amia), em Buenos Aires, que deixou 85 mortos e 300 feridos. Na ocasião, Israel também culpou o Irã.
Os Estados Unidos condenaram o ataque "contra pessoas inocentes, sobretudo, crianças, nos termos mais fortes", declarou o porta-voz da Casa Branca, Jay Carney.