A cutelaria artesanal é quase uma poesia concreta. Não que da forja saiam palavras em algum formato sugestivo. Nada disso. Mas o processo que resulta na transformação de qualquer peça de aço em uma faca artesanal é de uma beleza ímpar. Engolido pelas labaredas, o objeto metálico original deixa a fornalha ainda em brasa. Com o alicate em uma das mãos, o cuteleiro gira a peça incandescente de um lado para o outro, enquanto a martela contra a bigorna - de forma alternada, em um lado de cada vez.
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