
A ciclista Thalita Danielle Hoshino, 38 anos, morreu após ser atropelada por uma charrete na divisa entre Peruíbe e Itanhaém, no litoral de São Paulo.
O acidente ocorreu no último domingo (23), e Thalita não resistiu aos ferimentos após sofrer traumatismo cranioencefálico (TCE).
Moradora de São Bernardo do Campo (SP) e profissional da área de tecnologia, ela estava na região a passeio com amigos.
Inicialmente o caso foi registrado como homicídio tentado, onde há início de execução de um crime, mas não a conclusão. Porém, foi alterado para homicídio consumado, quando todos os elementos necessários estão presentes e o resultado é alcançado, pelo delegado Arilson Veras Brandão, titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Itanhaém.
A polícia investiga a conduta do condutor da charrete no momento do atropelamento, segundo o g1.
"Ela sonhava em morar na praia"
Thalita estava acompanhada da amiga Gabriela, que conseguiu desviar da charrete. A fisioterapeuta relata que tentou alertá-la sobre o perigo.
— A última palavra que falei foi para ela tomar cuidado. E aí ela foi embora, aí acabou tudo — lamentou.
Gabriela e Thalita eram amigas há oito anos e costumavam se encontrar ao menos uma vez por mês. Segundo a fisioterapeuta, a ciclista sonhava em trocar a cidade pela praia.
— Ela queria ter um motor home e viver viajando. Esse era o maior sonho da vida dela — contou.
Segundo Gabriela, ela demorou para escolher a roupa que usaria e decidiu colocar um biquíni roxo, sua cor preferida, assim que o sol apareceu.
— Ela estava sentindo uma paz imensa, muito feliz, do jeito que sempre gostou — relembrou a amiga.
Investigação policial
A Polícia Civil analisa relatos de testemunhas, imagens e a postura do condutor da charrete.
Segundo o delegado Arilson Veras Brandão, a investigação busca esclarecer se o homem, de 31 anos e morador de Praia Grande, participava de alguma competição ou praticava manobras imprudentes.
— Precisamos ter certeza e materializar todos esses elementos para que nós possamos dar uma resposta para a sociedade, especialmente esclarecer os fatos. A nossa missão como Polícia Civil é esclarecer os fatos, estabelecendo os limites de autoria e materialidade do que ocorreu — afirmou o delegado.