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Quem utiliza as rodovias gaúchas com frequência, seja para viajar ou trabalhar, acaba sendo impactado pelas cobranças de pedágio pelo caminho. Para agilizar o trajeto e facilitar o pagamento, é possível usufruir de um recurso chamado tag: um código de barras que é colado no para-brisa do veículo e garante que o valor seja faturado automaticamente.
A tag é aceita tanto nas praças de pedágios tradicionais quanto na modalidade free flow, instalada há cerca de um ano em rodovias da Serra e de outras regiões do Rio Grande do Sul.
Nas praças de pedágio tradicionais, o uso da tag traz mais agilidade. Isso porque o motorista passa por uma cancela específica, que abre automaticamente ao identificar o código de barras, sem enfrentar longas filas.
Já nos pedágios free flow, que têm fluxo livre, sem praças físicas, o recurso oferece mais facilidade no pagamento. A cobrança, nesses casos, costuma ocorrer de forma automática, a partir de débito em conta ou do cartão de crédito cadastrado. Ou seja, não há necessidade de buscar as tarifas em aberto no site ou aplicativo da concessionária para quitá-las.
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A tag acaba se tornando uma aliada para não receber uma penalidade por falta de pagamento do pedágio. A multa por evasão — ou não pagamento da tarifa — é enquadrada como infração grave, com custo de R$ 195,23 e cinco pontos na carteira.
O recurso também oferece alguns benefícios. A concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG), que administra as rodovias gaúchas com o sistema free flow, por exemplo, concede 5% de desconto àqueles motoristas que possuem tag.
Como obter uma tag?
Empresas como Sem Parar, ConectCar, Veloe, Move Mais e Taggy, e instituições financeiras comercializam a tag por meio dos seus sites e aplicativos.
A Sem Parar, por exemplo, oferece planos a partir de R$ 16,90 mensais e também há possibilidade de obter a tag de forma pré-paga. Já a Move Mais tem opções com adesão de R$ 39,90, sem mensalidade.
Entre as instituições financeiras, a Nubank é uma das que oferece a tag para clientes do cartão de crédito Ultravioleta. Chamado de NuTag, o serviço não possui nenhum tipo de mensalidade e tem envio gratuito para todo o Brasil. Os valores são lançados diretamente na fatura do cartão e geram cashback.
O Itaú também oferece o serviço, sem cobrança de mensalidade. Há, no entanto, uma taxa de adesão no valor de R$ 20. Além disso, a tag funciona com saldo mínimo de R$ 30 — quando fica inferior a isso, uma recarga automática no valor de R$ 50 é feita utilizando o cartão de crédito cadastrado no aplicativo.
Caminhoneiros
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Desde 1º de janeiro de 2025, o Vale-Pedágio Obrigatório (VPO), modalidade voltada para caminhoneiros transportadores de cargas, passou a ser exclusivo na modalidade eletrônica, a partir do uso de tags. Os modelos utilizados antes disso (cartão e cupom) foram descontinuados em dezembro e em janeiro, respectivamente.
À época a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) informou que a mudança buscava aumentar a eficiência, a segurança e a aderência às normas no transporte rodoviário de cargas, além de adequar o Vale-Pedágio Obrigatório às novas tecnologias para a cobrança de pedágio, como o free flow.
Pedágio free flow
O sistema de pedágio sem cancela, chamado de pedágio eletrônico free flow, habilitado em seis pontos de três rodovias estaduais gaúchas, funciona por meio de um pórtico instalado na pista. Câmeras captam a placa e identificam o tipo de veículo quando ele passa pelo ponto de cobrança.
Quem tem tag de pedágio instalado no para-brisa do carro paga imediatamente o valor. Quem não tem pode fazer o pagamento da tarifa em até 30 dias.
Como funciona o pedágio eletrônico free flow
- O registro dos veículos que passam pelo free flow ocorre em pórticos de estruturas metálicas, com câmeras e sensores, que fazem a leitura da placa ou de tag dos veículos
- Placas de sinalização indicando a proximidade do pedágio eletrônico free flow destacam os valores e os meios de pagamento. Painéis digitais em cima das estruturas de cobrança eletrônica também reforçam esses pontos. Após o pórtico, também existem placas informando sobre o sistema e pagamento
- Não existe velocidade específica para passar pelo pórtico de free flow. O condutor tem de respeitar a mesma velocidade do trecho onde pórtico está instalado
- O motorista que passou pelo free flow tem até 30 dias após o registro para pagar a tarifa. Caso não efetue o pagamento, sofrerá infração de trânsito no valor de R$ 195,23, além de cinco pontos na carteira de motorista. Mesmo com a multa, o motorista precisa quitar o débito da tarifa de pedágio com a concessionária
Como pagar o free flow
- Com uso de tag, que faz o débito automático ao passar pelo pórtico. São as mesmas tags que já são utilizadas nas cancelas de cobrança automática das praças de pedágio convencionais
- Digitalmente, pelo aplicativo "CSG FreeFlow" ou pelo site csg.com.br. O cadastro no site e aplicativo da CSG também permite que o condutor seja notificado sobre tarifas em aberto e prazos para pagamento, diminuindo as chances de multa
- Presencialmente, nos totens de autosserviço em nove bases de atendimento ao cliente da CSG (RS-122, RS-453 e RS-240)