Um homem de 74 anos viveu por 58 anos usando uma identidade de outra pessoa. O caso veio à tona nesta terça-feira (28), quando ele procurou o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) para questionar a suspensão do Benefício de Prestação Continuada (BPC), interrompido há sete meses. As informações são do g1.
De acordo com a prefeitura de Volta Redonda (RJ), o homem utilizava a identidade do filho de seu ex-patrão, que faleceu há 12 anos. Durante quase seis décadas, ele manteve a falsa identidade sem ser descoberto.
Ao apresentar seus documentos de identificação pessoal no Cras, o idoso entregou sua própria certidão de óbito, surpreendendo os agentes que imediatamente chamaram a Patrulha de Proteção ao Idoso.
Uma irmã do homem declarou aos agentes que a troca de identidade ocorre desde 1966, quando o idoso ainda prestava serviços à fazenda. O suspeito registrou 12 filhos no nome do filho do ex-patrão. Ambos compartilhavam o mesmo primeiro nome, o que tornou mais difícil identificar a fraude ao longo dos anos.
A Patrulha de Proteção ao Idoso de Volta Redonda encaminhou o idoso e as testemunhas à 23ª Delegacia de Polícia Civil do munícipio e posteriormente o homem foi liberado. Familiares e demais envolvidos ainda serão ouvidos pela polícia, que seguirá com as investigações do caso.
Questionado, o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome - responsável pela prestação do beneficio contestado pelo suspeito - alegou não ser possível fornecer informações específicas do beneficiário, devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).