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O avião que caiu na noite de quarta-feira (23), no limite entre Paraibuna e Santa Branca, no Vale do Paraíba, interior de São Paulo, um Embraer-121 Xingu, foi fabricado no Brasil em 1982 e incorporado à frota da Abaeté Táxi Aéreo em 2006.
Trata-se de um avião com oito assentos e capacidade para até seis passageiros, sendo o primeiro modelo pressurizado da Embraer. Ganhou o nome de Xingu em homenagem ao rio que nasce em Mato Grosso e deságua no Rio Amazonas.
A aeronave tem capacidade de voar a 28 mil pés de altitude, mantendo a pressão interna equivalente a 8 mil pés. Segundo a Embraer, o EMB-121 Xingu tem 14,45 metros de comprimento, 4,74 metros de altura e 12,25 metros de envergadura. O modelo pode atingir uma velocidade máxima de 456 km/h.
O primeiro protótipo do Xingu começou a ser construído em 1976 e fez seu primeiro voo teste sem o sistema de pressurização acionado em 22 de outubro do mesmo ano. A apresentação oficial do protótipo aconteceu na Embraer semanas depois, em 4 de dezembro. Em maio de 1977, o Xingu completou com sucesso seu primeiro voo teste com o sistema de pressurização acionado.
O primeiro comprador foi a Força Aérea Brasileira (FAB), visando atender ao Grupo de Transporte Especial (GTE), com sede em Brasília, de acordo com a Embraer.
Segundo os registros, a documentação da aernove que caiu estava regular. A Certidão de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) do avião venceria em 25 de junho do ano que vem; e a situação de aeronavegabilidade era considerada "normal".
A Abaeté Táxi Aéreo opera uma frota de aeronaves de diversos modelos, como Cessna Caravan, EMB Carajá, EMB Xingu e Bandeirante.
A empresa controla a Abaeté Linhas Aéreas, fundada em 1995, que opera voos regionais no Nordeste. Com sede em Salvador, ela realiza voos regulares oferecidos sempre para os mesmos trechos, nos mesmos dias da semana e horários.
O acidente
Conforme a Força Aérea Brasileira (FAB), o avião desapareceu dos radares às 18h39min. A aeronave havia partido de Florianópolis (SC) com destino a Belo Horizonte (MG).
Por volta das 23h, os bombeiros informaram que as equipes de resgate chegaram ao local da queda e encontraram os destroços.
A área da queda fica próxima ao limite entre os municípios de Paraibuna e Santa Branca, a cerca de 100 quilômetros da capital paulista. Moradores da região relataram ter ouvido um ruído, que identificaram como uma falha no motor, seguido de um estrondo de explosão.
Segundo o Corpo de Bombeiros, chovia no momento do acidente. De acordo com a Defesa Civil do Estado, choveu pelo menos 40 milímetros em seis horas na cidade naquela tarde.
As operações de busca e resgate são coordenadas pelo Salvaero, centro responsável pelas ações da FAB. Equipes da Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Militar também estão trabalhando na operação.
Em nota, a FAB informou que investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos "foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PT-MBU, entre os municípios de Paraibuna e Santa Branca. A investigação ainda está no início, buscando identificar as causas do acidente".