O Instituto Nacional de Criminalística (INC) afirmou que a remoção dos 62 corpos das vítimas do acidente aéreo em Vinhedo, no interior de São Paulo, deve ser concluída ainda neste sábado (10).
Entre as vítimas estão quatro gaúchos: a comissária de bordo Debora Soper Avila, a fisiculturista Daniela Schulz Fodra, o representante comercial André Armindo Michel e o gerente de vendas Diogo Boeira Ávila.
O trabalho conta com auxílio do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar e do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).
— Os corpos estão numa situação especial para que nós façamos a remoção. Houve fogo, todos viram nas imagens que houve incêndio na aeronave. Isso demanda da polícia uma atividade um pouco mais cuidadosa para a remoção — explicou para a imprensa o perito criminal federal e diretor do INC, Carlos Palhares.
Durante a entrevista, o diretor compartilhou que a chuva e o frio atrapalharam as operações de remoção durante o período da madrugada. E afirmou que a retirada das vítimas tem sido gradual, com o objetivo de preservar os corpos.
As três metodologias para identificação dos corpos empregadas serão impressão digital, odontologia e exame genético. Os corpos estão sendo transportados ao Instituto Médico Legal (IML) da capital paulista.
— Existem corpos que estavam próximos da região onde estava o fogo, esses provavelmente serão mais complexos de serem identificados, mas não dá para dizer o que vai acontecer, não dá para prever também o prazo — esclareceu.
Por volta das 13h da sexta-feira (9), um avião da companhia Voespass Linhas Aéreas caiu em um bairro residencial de Vinhedo, no interior de São Paulo.
A aeronave transportava 62 pessoas, sendo 58 passageiros e quatro tripulantes, em um voo com saída de Cascavel, no Paraná, e destino a Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo. Não houve sobreviventes.