Parou de chover na manhã desta quinta-feira (2) em Igrejinha e Três Coroas, e os prefeitos começam a avaliar os danos causados pela chuva que assola o Rio Grande do Sul na região do Vale do Paranhana. Ambas cidades enfrentam problemas de comunicação e seguem resgatando moradores ilhados.
Prefeito de Igrejinha, Leandro Horlle (PP) atendeu a reportagem de GZH rapidamente por telefone porque está com pouca bateria no celular. Ele descreveu a situação na cidade como "caótica" e "calamitante", informou que 90% do território foi atingido pela água e, agora, com a pausa na chuva e a baixa do rio Paranhana, está sendo possível realizar ações de salvamento, inclusive de pessoas nos telhados das casas. Há dois abrigos disponíveis para os moradores, e mais quatro serão abertos ao longo do dia.
Já Alcindo de Azevedo (PSDB), prefeito de Três Coroas, reforçou que agora já há acesso da RS-115 ao centro da cidade, que estava isolado desde ontem. Ainda não há informações oficiais sobre números de desabrigados e vítimas.
— Não consegui fazer um levantamento total da situação ainda, porque a gente está salvando vidas, estamos tirando pessoas de cima dos telhados.
Até quarta-feira (1º), havia cerca de 230 pessoas no abrigo da cidade, mas as autoridades não pararam as buscas e a tendência é de que o número aumente. Mais dois ginásios de escolas do município serão disponibilizados aos moradores.
O hospital de Três Coroas, a Fundação Hospitalar Dr. Oswaldo Diesel, está sem atendimento por tempo indeterminado porque alagou em mais de um metro de água, problema que Alcindo de Azevedo cravou como um dos piores do momento. Os pacientes estão sendo encaminhados para municípios vizinhos, como Igrejinha e Parobé.
À tarde, a coordenadora da Defesa Civil de Igrejinha, Alessandra Azambuja, afirmou que os resgates na cidade estavam quase todos concluídos e que as autoridades começavam a avaliar os danos estruturais — que são muitos, de acordo com ela. O município segue sem energia elétrica e com dificuldade na comunicação.