O Vale do Sinos foi fortemente afetado pelas enchentes no Rio Grande do Sul. Mais de duas semanas depois, a água segue nas ruas de São Leopoldo e de Novo Hamburgo. Ambos os municípios trabalham para secar os bairros, mas admitem que não existe uma previsão para que isso ocorra de forma definitiva.
Em São Leopoldo, o Rio dos Sinos passa por muitas áreas urbanas. A prefeitura estima que mais de 100 mil pessoas estão desalojadas e outras 14 mil desabrigadas. Em Novo Hamburgo, uma região menor foi afetada. Mesmo assim, são cerca de seis mil desabrigados.
São Leopoldo
Casas de bombas
Todas as cinco casas de bombas do município ficaram alagadas. As duas do centro, a da rodoviária e a do Ginásio operam, neste momento, com 50% da capacidade. Não existe previsão para que elas atinjam capacidade máxima. O bairro já está seco.
A da Campina ainda está completamente submersa. Uma bomba flutuante foi cedida por arrozeiros e ajuda na drenagem do local.
A casa da João Corrêa foi acessada e todas as sete bombas estão em manutenção, sem data para que voltem a funcionar. No Arroio da Cerquinha, uma equipe também já conseguiu chegar ao local, mas ainda falta uma avaliação sobre os danos.
Bombas anfíbias
A prefeitura alugou seis bombas anfíbias, que têm capacidade de operar em água e em terra. Cada uma consegue captar até 3,3 mil litros de água por segundo e despejá-la no Rio dos Sinos.
Três já operam: duas no bairro Campina e outra na Vicentina. A tendência é de que a quarta seja instalada na Vila Brás até a próxima terça-feira (21). O bairro vai receber mais uma nos próximos dias, assim como a Vicentina.
Sabesp
Ainda não existe uma confirmação, mas a prefeitura acredita vai receber ao menos uma bomba da Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp).
Novo Hamburgo
Casa de Bomba
O município tem apenas uma casa de bomba, que foi alagada e não está operando. Não existe previsão para que ela volte à normalidade.
Uma bomba submersa, capaz de retirar mil litros de água por segundo, está sendo instalada junto à casa de bomba. Até a próxima terça (21), uma bomba da Sabesp deve chegar ao município e também será colocada na região.
Ao mesmo tempo, um grupo de arrozeiros trabalha para juntar bombas submersas e flutuantes e emprestar à cidade. A ideia é conseguir captar 5 mil litros por segundo.