Completa nesta terça-feira (12), um mês do desaparecimento da embarcação Manuela Simão e seus seis tripulantes, procedente de Itajaí, Santa Catarina. As buscas na costa entre Chuí e Torres foram suspensas temporariamente depois de 20 dias de procura.
Os tripulantes foram identificados como Madson Orlando Simão, João Maricelo Matos Santana, Rafael Matos Santana, Elizandro Rodrigues Silveira, Arildo Honorato e Edmar Marcelino Ribeiro.
De acordo com o Comando do 5º Distrito Naval, responsável pelas buscas, “novas ações serão realizadas sempre que navios da Marinha do Brasil estiverem em operação na área ou quando novos fidedignos fatos e informações ocorrerem sobre os desaparecidos”. Eles afirmam também que durante todo o período de buscas não foram encontrados indícios dos tripulantes e da embarcação.
Rafael Passo, filho de Arildo Honorato, disse que seu sentimento não mudou desde que o pai sumiu:
— O sentimento é o mesmo desde o início, e acho que não vai passar nunca: angústia e aflição. Não acharam o meu pai e fim, é isso — disse Passo.
O jovem tem 20 anos, mora em Navegantes, cidade vizinha a Itajaí, e disse que desde o início das buscas tentou acompanhar o mais próximo possível o trabalho realizado pela Marinha do Brasil. Na última semana, Rafael e os demais familiares dos tripulantes estiveram reunidos com o Comando para entender como o trabalho estava sendo realizado.
— Antes disso, quando a FAB (Força Aérea Brasileira) estava participando das buscas, eu acompanhava diariamente através de um site o que eles estavam fazendo, a circulação do avião na rota, com a esperança de alguma novidade aparecer.
As buscas estavam acontecendo em todo o litoral gaúcho, desde o limite com o Uruguai - onde a embarcação foi vista pela última vez - até a divisa com Santa Catarina.
Os familiares afirmam que souberam do desaparecimento do barco no dia 7 de novembro, através de grupos em redes sociais com outros pescadores. Porém, a Marinha teve a oficialização do caso e o início das buscas no dia 12 de novembro.
A tripulação tinha saído de Santa Catarina para realizar um período de pesca na costa sul no dia 18 de outubro. A expectativa era que eles voltassem no dia 11 de novembro, o que não se confirmou.
A Marinha do Brasil abriu um inquérito administrativo para apurar o que de fato aconteceu com a embarcação Manuela Simão, porém especula que eventos climáticos tenham implicado em um naufrágio do barco.
Em nota, as equipes de buscas afirmam que não encontraram nenhum sinal do barco ou dos tripulantes no decorrer dos 20 dias de buscas. Eles reforçam que a partir de qualquer “novidade fidedigna”, podem retornar à procura.