A cabo Vaneza Lobão, de 31 anos, foi morta na noite de sexta-feira (2), na Rua Passo da Pátria, em Santa Cruz, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar do Estado (PMERJ), Lobão foi vítima de uma emboscada na entrada do local onde residia, quando estava dentro do carro. Os autores dos disparos teriam fugido após o crime.
Segundo o portal g1, Vaneza trabalhava na 8ª Delegacia de Polícia Judiciária Militar (DPJM) e trabalhava em um setor que investigava milicianos e contraventores, subordinada à corregedoria-geral. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, afirmou que a investigação deve ser "rápida e dura"
- Há indícios de que eram milicianos que ela investigava - disse Castro em seu perfil no Instagram.
A corporação emitiu uma nota de pesar, em que repudia "veementemente" o que chamou de uma "morte bárbara". Também postou pedidos em redes sociais por informações sobre o caso, com recompensa de até R$ 5 mil pelo Disque-Denúncia. A policial estava na corporação há 10 anos.
Santa Cruz é um dos bairros do Rio com atuação de milicianos e histórico recente de conflitos. Em outubro, a morte de um líder de milícia local esteve entre os motivos apontados para ao menos 35 ataques com incêndios a ônibus e um trem. Em 2018, um confronto entre supostas integrantes de milícias e traficantes deixou feridos na zona oeste carioca.
Nas redes sociais, a nutricionista Andreza Lobão disse que sua irmã foi vítima de uma covardia. "O meu coração sangra", lamentou. "A sua lealdade com os seus jamais será esquecida", postou.
Ministro determina investigações
O ministro da Justiça, Flávio Dino, determinou que a Polícia Federal ajude nas investigações de Vaneza Lobão.
- Lamentamos o terrível crime cometido contra a policial Vaneza Leão (sic), no Rio de Janeiro. Minha solidariedade à família e aos colegas da corporação. Orientei a Polícia Federal a ajudar nas investigações, de competência das autoridades estaduais - declarou Dino.