Pelo menos 11 famílias da Vila da Quinta, no interior de Rio Grande, no sul do Estado, estão sendo retiradas de suas casas nesta sexta-feira (8). A ação foi necessária por conta da inundação das residências em função do aumento do volume de água do Arroio das Cabeças.
Na cidade, foram registrados 151,2 mm de chuva somente na quinta-feira (7), de acordo com dados da Defesa Civil. Além disso, as rajadas de vento ultrapassaram os 100 km/h, causando diversos danos no município.
De acordo com a Defesa Civil, as famílias estão sendo encaminhadas para o Salão Paroquial da localidade, em um trabalho conjunto com a Brigada Militar e o Corpo de Bombeiros. Em conversa com a Rádio Gaúcha, o ordenador da Defesa Civil local, Rudimar Machado, afirmou que o arroio parou de subir no momento, mas a expectativa é de que mais alterações aconteçam ao longo do dia.
— Por causa desse monitoramento que estamos empenhados em tirar essas pessoas de casa. Não sabemos se o vento não vai empurrar a água ainda mais para a área onde estão as residências. Além disso, a previsão é que a chuva volte nos próximos dias — afirmou.
O ordenador demonstrou preocupação com outro problema: a resistência das famílias em deixar as casas. De acordo com Rudimar, ao menos sete grupos não querem ir para o abrigo, afirmando que têm medo de serem roubados. A alternativa foi solicitar uma equipe da Brigada Militar para fazer rondas no local e dar mais segurança aos moradores.
— Vamos seguir dialogando, mas se necessário teremos que conseguir apoio com a Brigada Militar para levar essas pessoas para um local seguro — explicou.
Com o avanço da água do arroio, a BR-471, que fica ao lado da Vila da Quinta, teve aproximadamente 150 metros inundados. A Polícia Rodoviária Federal (PRF) está acompanhando a situação. Até o fechamento desta reportagem, o trecho não estava bloqueado, mas o fluxo é lento em função do acúmulo de água.
Já no centro da cidade, a Defesa Civil informou que foram registrados alagamentos em todos os bairros, mesmo com as casas de bombas em pleno funcionamento. Um morador de rua pediu socorro às autoridades e foi encaminhado para o centro de acolhimento da prefeitura.
Uma família foi resgatada pelas forças de segurança e encaminhada para um abrigo e sete outras tiveram de buscar apoio com familiares e amigos. As fortes rajadas de vento deixaram ao menos cinco casas destelhadas, com isso, lona e novas estruturas foram distribuídas.