A CEEE Equatorial já acumula um prejuízo de mais de R$ 2 milhões devido ao furto de cabos nos primeiros sete meses de 2023. De janeiro até os primeiros 9 dias de agosto, 32,78 toneladas de fios foram retirados dos postes em toda a área de concessão.
Conforme os dados, fornecidos pela concessionária a pedido de GZH, metade das ocorrências se concentra no Litoral Norte e em parte do litoral do sul do Estado. São 16 toneladas perdidas apenas no Litoral Norte, levando a um prejuízo de R$ 1 milhão. Na avaliação da empresa, os municípios litorâneos são o principal foco dos criminosos, principalmente entre março e novembro, período em que a população é menor nas cidades, permitindo que os furtos sejam feitos chamando menor atenção.
A segunda região com mais ocorrências desse tipo também fica localizada na costa do estado, e compreende os municípios de Rio Grande, Santa Vitória do Palmar e Chuí, todos na Região Sul. São 8,71 toneladas de cabos furtados com R$ 550 mil de prejuízo. Em Porto Alegre e Região Metropolitana (Viamão, Alvorada e de Guaíba até Pântano Grande), os números são similares: 7,99 toneladas de fios roubados, e uma perda financeira de R$ 510 mil.
Questionada, a concessionária não informou a quantidade de furtos ocorrida no mesmo período do ano passado. Em todo 2022, foram 110 toneladas de cabos levados, o que corresponde a um prejuízo de aproximadamente R$ 7 milhões. O número representa o dobro de 2021, quando foram furtadas 51,5 toneladas.
O problema do furto de cabos tem sido comum em grandes cidade do Rio Grande do Sul, afetando o transporte, eletricidade, telefonia entre outros. Em geral, os cabos são retirados para a extração do cobre, produto comumente vendido por aqueles ferros-velhos que atuam ilegalmente.