O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) compilou um vídeo com imagens de satélite que mostram o antes e depois dos pontos mais atingidos pelas enxurradas em Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro.
Nesta terça-feira (22), completa uma semana da tempestade que devastou vários pontos da cidade e deixou dezenas de mortos e desaparecidos.
As imagens fazem comparativos de pontos como Morro da Oficina, Rua Teresa e Rua Manoel Vieira Bayão, todos afetados por enormes deslizamentos de terra.
O temporal mais forte caiu no dia 15 de fevereiro, mas desde então a chuva voltou a atingir a cidade em diversas ocasiões. Segundo o Inmet, a previsão é de mais pancadas de chuva ao longo desta segunda-feira.
No domingo, a Defesa Civil de Petrópolis acionou, no fim da tarde, as sirenes do primeiro distrito — além de emitir avisos por SMS e em grupos de comunicação por aplicativo. A área envolve a parte mais densa da cidade e os bairros já atingidos pelos deslizamentos de terra e enchentes, como Alto da Serra, Bingen, Quitandinha, Valparaíso e Centro.
Tragédia já é a pior da história
Com buscas por desaparecidos ainda em andamento, a situação em Petrópolis ultrapassou a da mais trágica da história do município até então, em 1988, quando a cidade registrou 171 mortos, segundo dados da Defesa Civil municipal.
Neste século, a maior tragédia havia ocorrido em 2011, com 71 mortos em Petrópolis e mais de 900 na serra fluminense (a maioria em Nova Friburgo, 428 mortos, e Teresópolis, 387), segundo o Atlas Brasileiro de Desastres Naturais.
De acordo com dados compilados pela Defesa Civil de Petrópolis, de 1966 a 2017, foram registradas vítimas em 1966 (80 mortos), 1977 (11), 1979 (87), 1988 (171), 1997 (6), 2001 (51), 2003 (17), 2007 (3), 2008 (9), 2009 (6), 2010 (1), 2011 (73), 2013 (34), 2016 (2) e 2017 (1).