O Instituto de Previdência do Estado (IPE-Prev) divulgou nesta quinta-feira que 501 filhas solteiras de servidores falecidos no Rio Grande do Sul deixaram de atualizar seus cadastros e terão o benefício pago mensalmente suspenso a partir de janeiro de 2020. O prazo foi aberto em fevereiro e encerrou no último dia 12.
Ao todo, 9,5 mil pensionistas se recadastraram ao longo do período, totalizando 94% das beneficiadas.
Conforme o IPE-Prev, quem não se recadastrou terá que solicitar o restabelecimento do benefício e apresentar toda a documentação solicitada. O órgão informou que vai fazer um levantamento dessas pensionistas que não se recadastraram para verificar os motivos.
Instituído por lei na década de 1980, o benefício deixou de existir em 2000, apesar de seguir sendo pago para quem já havia conquistado o direito. A maioria tem direito a até R$ 2 mil. No entanto, 280 delas recebem mais de R$ 20 mil. O custo anual ao IPE-Prev é de R$ 493 milhões.
O recadastramento é feito anualmente para evitar irregularidades no pagamento do benefício. Segundo o órgão, as principais fraudes ocorrem quando as pensionistas deixam de ser consideradas solteiras. Os casos vão desde mulheres em união estável que não informaram o Instituto até outras que aparecem em denúncias posando para fotos de casamento. Uma comissão de sindicância dentro do IPE-Prev é responsável por apurar essas irregularidades.