
Os militares de Santa Maria, São Gabriel, Alegrete e Porto Alegre que viajaram para o norte do país para atuar na recepção aos imigrantes venezuelanos estão a um mês de voltar para casa. Os 501 militares do Rio Grande do Sul voltarão em oito viagens, entre novembro e dezembro.
O primeiro grupo a retornar chega em Santa Maria no dia 21 de novembro. Depois, chegam mais equipes nos dias 23, 25, 27 e 29 do mesmo mês. Os últimos três grupos chegam em dezembro, nos dias 1, 3 e 6. As viagens de ida foram nos dias 22 e 28 de julho, e 3 e 12 de agosto.
O Contingente Encouraçado fica cerca de cinco meses na região, antes de concluir a missão e retornar para casa. Por lá, a ação busca receber de maneira humanizada os imigrantes venezuelanos que chegam ao Brasil. Conforme o Tenente Coronel Leonardo Santos de Castro Freitas, porta-voz da Operação, as ações visam adaptar os novos moradores do Brasil para que possam morar e trabalhar no país.
— Os venezuelanos refugiados, ao entrarem no Brasil, passam por um cadastro em um sistema, que cadastra inclusive capacitações e aptidões dos moradores, para tentar inseri-los no mercado de trabalho. Eles conseguem fazer vacinas, documentação e, depois, vão para um alojamento ou um abrigo, onde recebem alimentação e as primeiras condições.
Por dia, os militares chegam a atender aproximadamente 500 venezuelanos nos postos de identificação. Destes, cerca de 30 precisam de apoio para receberem abrigo, como explica Castro Freitas:
— Cerca de 500 venezuelanos entram no Brasil por dia. Mais da metade é apenas para fazer compras de mantimentos. Ainda, há aqueles que vem para turismo, ou até para morar – mas declaram não precisar dos serviços da operação. Com isso, quem vem e se autodeclara desassistido, que necessita do abrigo da Operação, são cerca de 20 a 30 pessoas por dia.
Somente em Boa Vista e Pacaraima, são mais de seis mil venezuelanos sendo acolhidos. Em todo o país, 22 mil passaram pelo processo e já foram enviados para outras cidades, o que o exército denomina “interiorizados”.