Desde 7 de janeiro, 27 militares do 1º Batalhão Ferroviário de Lages (SC), único de engenharia de construção no Sul do Brasil, trabalham para retomar a duplicação da BR-116, entre Guaíba e Tapes, parada há dois anos. No momento, eles preparam o terreno, para poder iniciar as obras.
O grupo ocupa antigo terreno da empresa Constran S/A. A empreiteira era responsável pelo trecho, mas entrou em recuperação judicial e não conseguiu obter o seguro garantia para retomar o contrato com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
A previsão é de que os serviços na rodovia, que devem envolver até 300 militares, comecem apenas entre maio e junho. No entanto, na segunda quinzena deste mês, ações técnicas já estão previstas.
— Prosseguimos nas atividades de mobilização (montagem do destacamento, transporte de equipamento/pessoal e levantamento topográfico inicial) para início da obra. Exames topográficos e testes de flexibilidade devem passar a ser feitos na segunda quinzena de fevereiro — explica o coronel Daniel Gonçalves, do quarto grupamento de engenharia, complementando que diversos fatores pesam no cronograma.
— Por enquanto temos variáveis que incidem sobre isso: logística de insumos e término da preparação do destacamento — destacou.
Há a expectativa de, ainda em março, iniciar a colocação de asfalto em alguns trechos - que já estão aptos devido aos trabalhos realizados pela empreiteira. Além disso, o Exército espera utilizar apenas materiais próprios durante a duplicação, incluindo usina de asfalto. Até o momento, o material é terceirizado.
Eles estão usando escavadeiras, niveladoras, carregadeiras e guindauto (espécie de guincho para carga), que vieram de Lages. Segundo o tenente Kayo Santos, a movimentação é acompanhada diariamente por uma empresa de engenharia contratada pelo Dnit para supervisionar os trabalhos.
O custo total da obra nos dois lotes (um de Guaíba a Barra do Ribeiro e outro que segue até Tapes) é calculado em R$ 207 milhões. O Exército já recebeu R$ 30 milhões. Conforme o coronel Gonçalves, R$ 20 milhões são para a compra de equipamentos e R$ 10 milhões efetivamente para a obra. Há ainda outros R$ 10 milhões já empenhados.