Onze de julho de 2017. Dezenas de militares de roupas camufladas desembarcam na Praça da Matriz, no Centro Histórico de Porto Alegre, e entram na Catedral Metropolitana. O motivo? Uma cerimônia religiosa para comemorar a Páscoa. Mas por que só agora, quase três meses depois de os cristãos terem celebrado a ressurreição de Cristo?
A celebração da Páscoa dos Militares é uma herança da II Guerra Mundial. Em 1945, quando os soldados retornaram ao Brasil, o período da Páscoa já havia passado. Então, as Forças Armadas resolveram celebrar uma missa na Praça XV, no Rio de Janeiro, autorizadas pela Igreja Católica, para comemorar com seus familiares o período pascal.
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A partir daí, o ato tornou-se uma tradição entre as Forças Armadas e, atualmente, cada comando regional marca uma data – que pode ser meses depois da data "oficial" – para celebrar a Páscoa, tanto para católicos como para evangélicos e espíritas.
Em Porto Alegre, militares do Exército, da Marinha, da Aeronáutica, da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros participaram de três celebrações distintas conforme sua religão. Católicos lotaram a Catedral Metropolitana, enquanto evangélicos foram até Igreja Evangélica Encontros de Fé e espíritas participaram de um culto no auditório GBOEX (Grêmio Beneficente - Previdência Privada).