Michel Temer concebeu roteiro de normalidade institucional para a noite desta terça-feira. Enquanto o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) retomava o julgamento que pode lhe cassar o mandato, ele planejava jantar com empresários e dirigentes do Serviço Social da Indústria (Sesi). Mas a realidade da crise foi mais eloquente. O presidente cancelou a agenda e, reunido com assessores no Palácio do Planalto, assistiu ao início da leitura do relatório no qual o ministro Herman Benjamin narrava supostos abusos de poder político e econômico da chapa Dilma-Temer nas eleições de 2014. Mesmo que eventual pedido de vista viesse a suspender o julgamento, Temer sabe que o cerco ao Planalto seguirá intenso.
Futuro em jogo
Cerco ao Planalto vai além do julgamento no TSE
Michel Temer deve ser alvo de denúncia no Supremo nos próximos dias