Em nota divulgada pelo Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer afirmou que decidiu usar o Exército para conter os protestos em Brasília “com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da esplanada e proteger o patrimônio público”. O presidente registrou que “restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado”.
Nesta quarta-feira (24),Temer assinou decreto, publicado em edição extra do Diário Oficial da União, que autorizou ação de Garantia da Lei e da Ordem para que as Forças Armadas atuem no Distrito Federal por uma semana, até 31 de maio.
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No texto, Temer afirma que foi sua a decisão de empregar militares nas ruas da Capital, ao ser informado da “insuficiência dos meios policiais” solicitados pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Em ofício encaminhado ao Planalto, Maia pediu o envio da Força Nacional para garantir a segurança na Esplanada e no Congresso.
Temer também criticou as manifestações que “produziram atos de violência e vandalismo que, lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores” que trabalham na Esplanada.
Confira a íntegra da nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República:
"Nota à imprensa
As manifestações ocorridas em Brasília nesta data, como largamente apresentado pelos meios de comunicação, produziram atos de violência e vandalismo que, lamentavelmente, colocaram em risco a vida e a incolumidade de servidores que trabalham na Esplanada dos Ministérios nesta capital federal.
Diante de tais circunstâncias, o Presidente da República, após confirmada a insuficiência dos meios policiais solicitados pelo Presidente da Câmara dos Deputados, decidiu empregar, com base no artigo 142 da Constituição Federal, efetivos das Forças Armadas com o objetivo de garantir a integridade física das pessoas, proporcionar evacuação segura dos prédios da Esplanada e proteger o patrimônio público, tal como foi feito anteriormente em vários estados brasileiros. Restabelecendo-se a ordem, o documento será revogado.
O Presidente da República ressalta que não hesitará em exercer a autoridade que o cargo lhe confere sempre que for necessário.
Secom/PR"